sexta-feira, março 03, 2006


Emparedada no vidro da minha caixa canto cançõezinhas com uma voz que pequenina mal se distingue no embaciado das paredes.
Penteio os meus cabelos-facetados em quadrículas. Música no ar!
Sinto arrepios-vibrantes a reverberar dentro do meu mundo como orgásmos em espasmos de cor. Néon. Flúor. Brilho no escuro.
O silêncio! Fico estatelada no fundo da caixa a RE-inspirar de mansinho.
Tenho um pente quadrado que faço de microfone. Sou lua, luz, tudo e toda a gente. Nua.
Na minha caixa de vidro. Em cacos. Desfaço-me. Reconstruo-me.
Trá lá lá lá li!

10 de Fevereiro 2006
(My lovely glass box)

Sem comentários: