quinta-feira, fevereiro 23, 2006





Rewind. Rewind. DJEBRLDRRGGGJERBL!
No novo tempo. No novo local, num novo corpo e no meu gasto de insónias!
Penso que não chegas, mas vens, sorrateiro e morno, como a brisa da tarde. Um tom baixo e grave como está a minha energia: Low e num tom grave.
A espera, a possibilidade de ser e não ser. Não querer saber ou premeditar qualquer atitude ou sentimento, Maybe que um in-sentimento nos invada e mais nada. Ou eu própria me sinta linda porque cheia de luz e toda a grosseria da matéria se esbata na luminosidade onde tudo se torna belo e feliz. Rewind. Rewind. E frio fictício de Up’s and Down’s pela espinha, da cabeça aos pés. Shut down. Todas as luzes se apagaram e o palco está vazio. Restam os objectos de cena agora inanimados no fim do espectáculo.
Os aplausos já só existem na memória ténue dos actores.
Joga-se a seguir um jogo de “roda bota fora”! E tu estás fora, tão longe. Tão longe da arena. “Estávamos todos num quadrado”, mas desconhecíamos as regras...
Abandonámos o jogo, como se tivéssemos perdido...
Rewind. Rewind. Quero e não quero. Fico a fugir. Reajo sem reacção. Vou-me sem mexer um único músculo.
Recrio um jardim só para mim que tem um carvalho ancestral ao fundo onde pendurei um baloiço humilde feito de cordas grossas e uma tábua de madeira.
Enfeito-me com todas as flores que há no jardim uma de cada e em todas as cores. Fiz uma coroa de princesa das flores e baloicei-me lânguida inebriada nos perfumes. Como um beijo. Como um leve roçar de queixos e narizes. Rewind. Rewind.
É real tudo o que nos arrepia, todos os desejos, todas as luzes.
Não leio o teu pensamento porque bloqueias as saídas. Rewind.
Voltemos ao primeiro abraço!

30 De Janeiro 2006
(S-ilêncios L-igeiramente B-reves. REWIND)

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