segunda-feira, março 05, 2007


Neste tempo de paragem apenas o apego das saudades ainda me prende. A saudade de um outro tempo que talvez já tenha vivido e ainda não consigo lembrar-me pois que neste tempo ainda não aconteceu...
Tudo se repete, tudo voa e se transforma. Não conseguiria viver tanta serenidade se não soubesse tudo o que já sei hoje, and yet tudo o que já sei hoje faz-me viver sem a paixão dos sentidos que sorvia com tanta velocidade...
Sabia que era preciso uma mudança, e foi.
Mas ainda sinto a solidão marcada no corpo. Algo está ainda em transformação, ainda não se vê bem a luz. Que cor vai ter o meu corpo astral, qual é o propósito de tudo isto além do sofrimento ou da sabedoria? Cada dia que passa torna-se igual ao outro e eu não suporto rotinas, a única repetição que tolero é a do Kalpa (ciclo), pois que não me vou lembrar, on and on...
Pergunto-me porque sou escolhida para assistir ao fim dos tempos? Apenas sei que a minha essência é pura e talvez seja por isso.

21 Nov. 2006
(ecos in spirit)

1 comentário:

ARN disse...

A eterna saudade de coisas que não sei se algum dia o foram. A dependência do passado que sempre condena os desejos para o futuro. Que chatice.