quarta-feira, março 06, 2013

Compreendo que a vida são laços
Que se fazem e desfazem…
Intermináveis… infinitos.
Infalíveis!
Tudo serve a aprendizagem.
 Nós… só temos de ser e estar livres.
De tudos. De todos…
Procuro re-aprender. Re-conhecer-me
Nessas voltas que o mundo dá.
Ainda assim é pequeno. Somos pequenos.
No meio do Universo e nos universos que somos
Mais onde nos encontramos.
No preciso alinhamento das estrelas,
Do Cosmos.
Procuro ser e estar no aqui e agora.
Mesmo quando esse “aqui ou agora”
Seja uma corda bamba feita de areia…
De pé nus cheios de areias nas entrelinhas
Calco o chão, decalco a vida
Deixando um trilho para trás
Com tantos outros grãos infinitos
De areias que já são passados.
Passo a passo
Recomeço… re-conheço-me e
Volto ao mundo real
Para mais uma manhã de sol
Que transmute as minhas chuvas
Em arco-iris.
Calço e descalço esta bota,
Rewind and forward!
Vou on and on
Enchendo os sacos de nadas
Procuro-me em destinos distantes
E distancio-me de mim
Sempre que caio…
Levanto-me e o vento ergue-me
Os cabelos e os ânimos…
Vou de volta.
Volta e meia.
Volto-me para mim
Inspiro os aromas quentes
Da praia que trago dentro de mim.
Desfaço mais laços que me atam,
Engatilho-me no presente.
Para mais um novo destino,
Que felizmente desconheço.
Assim me conheço
Mais um pouco.
Assim me volto
A voltar a mim.
Depois de um desmaio subtil
Dentro do Cosmos onde flutuam
Todas as estrelas e também eu.

05-03-2013
(Sancho pança de ressaca dos momentos. Flutuando nas vias-respiratórias. Sonhando com as Lácteas.)



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